quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"A menos que você acredite que macaco pinta, meu bem!"

Bárbaro. Em todos os sentidos possíveis e, para ser mais exata, explorando ao máximo a máxima do Lacan de que o símbolico é dotado de um duplo sentido. Assim me encontro diante de uma frase ilustre que alguém, digamos, da psiquê humana (ou do macaco) falou para alguém que só tinha um questionamento a fazer.

Engraçado mesmo é como ainda as pessoas trazem tanto de seu instinto para o convívio da linguagem. Vejamos: o que diferencia o homem dos animais é a palavra, a possibilidade de tentar expressar por algo, que não é corpóreo, o que penso. No entanto, acho que ainda "alguns" que se dizem entendedores da psiquê conseguem mostrar como "abanar o rabinho" ou "rosnar" são atividades corporais mais interessantes.

Estava bem, concentrada, até que fui tomada pela fala (ou latido) de alguém que se sentiu indignada porque o outro não sabia. Mas, pelo que me lembro, o Lacan sempre deixou claro que o analista deve se colocar no lugar do não-saber. Contradições da prática no pós teoria. Definitivamente, uma barbaridade analítica!

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