sexta-feira, 7 de agosto de 2009

INTERNAÇÃO (Ferreira Gullar)

Ele entrava em surto
E o pai o levava de
carro para
a clínica
ali no Humaitá numa
tarde atravessada
de brisas e falou
(depois de meses
trancado no
fundo escuro de
sua alma)
pai,
o vento no rosto
é sonho, sabia?
Teria muito para dizer. Prefiro calar.

3 comentários:

  1. Esse é um dos melhores poemas que conheço: sutil e profundo, belo.

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  2. Só quem tem um filho esquizofrênico, já internado em hospital psiquiátrico pode sentir a beleza, a sutileza, a dor e a angústia deste poema. Eu chorei ao lê-lo.

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  3. Só quem tem um filho esquizofrênico, já internado em hospital psiquiátrico pode sentir a beleza, a sutileza, a dor e a angústia deste poema. Eu chorei ao lê-lo.

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