Em Terra Sonâmbula, romance de Mia Couto, percebemos um cenário de devastação marcado pela guerrilha moçambicana do pós-independência. Recebo esta imagem por e-mail e vem a minha cabeça a associação que existe entre a narrativa de Mia, Moçambique e o Rio de Janeiro. Pena ser esta a ligação que me ocorre agora, mesmo.
“As paredes, cheias de buracos de balas, semelhavam a pele de um leproso.” (Terra Sonâmbula, Mia Couto - p.23) --> a doença da guerra é aquela que simula a forma de buracos deixados pelas balas das armas e pelas minas - associação entre a terra moçambicana e corpo esburacado de um leproso.
Cada tiro deste é uma chaga aberta em mim.
***Tá estranha a sintaxe do texto. Parece reticente, tá mal escrita mesmo. Fiquei perplexa e nesses momentos não sei escrever.
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